Queres compreender o ser único que estás a educar? A educação das crianças com o Desenho Humano é uma tarefa mais simples mas não menos desafiante. O Desenho Humano foi concebido para ser utilizado desde o nascimento para que todos nós possamos, desde o início, viver a vida que é suposto vivermos.
O futuro de uma nação são as crianças. Todos nós já ouvimos esta frase. Vivemos numa cultura em que nada é suficiente, é preciso sempre mais. Tens de correr atrás do sucesso (algo contra-natura para 91% da população mundial que não tem na sua Estratégia e Autoridade iniciar), não podes esperar no sofá sentado à espera que o teu futuro te caia no teu colo, tens de lutar e não ficar parado.
Qual é o pai/educador que não adorava ter um manual de como educar um filho? Um guia colorido com pontos e as respostas para todas questões que tivessem o selo de aprovação de todos os pais? Não existe apenas uma maneira de educar. Cada criança é única e um método que pode funcionar com uma pode não funcionar de todo com outra. Porém, tudo o que os Pais ou Educadores querem de um expert de Parentalidade é um método em que, por exemplo, as suas crianças consigam dormir uma noite seguida e dar descanso aos Pais, e que abra a porta dos segredos de como educar conforme as necessidades de cada ser individual e único. A educação das crianças com o Desenho Humano contempla tudo isto e providencia um mapa para navegar o mundo da primeira infância e as subsequentes fases
A Diferenciação na Educação com o Desenho Humano
Os desafios e a incerteza da parentalidade podem fazer surgir sentimentos que vão desde a frustração até terror de meses de noites mal dormidas. Muitos caem nas armadilhas de comprar livros com soluções e métodos, mas estes não são feitos a medida de cada criança e não levam em conta o contexto individual de cada um.
Ainda para mais, quantos casais não se depararam com um primeiro filho em que tudo corre bem e é fácil e no segundo filho, nada do que resultava com o primeiro se aplica? Como se justifica quando fizeram exatamente o mesmo com ambos e os resultados são tão diferentes. No âmbito da educação com o Desenho Humano, esta hipótese é contemplada sempre porque todos nascemos diferentes e com necessidades e ritmos diferentes.
Por exemplo, no caso de terem tido primeiro uma criança Projetora com uma definição Simples em que a criança mesmo com todas as sua dependências normais e necessidades de abrigo, segurança e comida, vai ter um comportamento mais sereno e com estímulo certo vai querer aprofundar os “sistemas” sozinho (que neste caso são as brincadeiras) e vai gostar de estar na sua própria aura.
Agora vamos supor que a segunda criança que têm é um Gerador Manifestante com uma definição bipartida, que não para um segundo, tem necessidade de brincar acompanhado e que agora quer brincar com legos e passados 5 minutos já está aborrecido e quer fazer outra coisa qualquer. É algo que pode deixar qualquer pai confuso e frustrado e acima de tudo exausto física e mentalmente.
Isto são apenas exemplos, sem um quadro completo, daí não poderem ser encararadas como verdades absolutas porque podem existir sempre nuances importantes não só do Gráfico de Desenho Humano da criança como os dos Pais e da sua influência interligada, que no Desenho Humano se chama Penta Familiar (um quando energético entre 3 a 5 pessoas onde funcionamos de maneira diferente, já que o Penta ganha vida própria).
Esta nossa necessidade de ter certezas é um caminho perigoso quando se educa uma criança. Esta procura constante de “Como-Educar-Uma-Criança” é tema sensível porque a certeza é algo que cria absolutos, intolerância e julgamentos. É uma das razões pelas quais os pais são tão críticos uns dos outros. É muito fácil ficar agarrado a um método que funcionou com uma criança e tentar impingi-lo a outro Pai. Quando isto se torna uma realidade, caímos no erro de olhar para as decisões de outros pais que surtem efeitos práticos e começamos a duvidar de nós próprios, enchendo-nos de autocríticas.
As Diferentes Etapas do Desenvolvimento Cerebral
Se olharmos para a frequências das nossas ondas cerebrais, percebemos que as crianças, durante os primeiros 12 anos de vida, estão num modo de programação em que muito do que se diz não vai surtir grande efeito porque são macaquinhos de imitação, daí se dizer que são o nosso espelho.
Dos 0 aos 2 estão numa fase da onda Delta em que vão captar todos os gestos de um pai, quer o seu sorriso quer a sua cara mais fechada, e esse é estado que carregam quando ainda estão na barriga da mãe daí reconhecerem as vozes quando se fala ou se canta. Depois surge a fase Theta dos 2 aos 6: aquele mundo interior que vivem para eles próprios cheio de imaginação e de sonhar acordado. É um estado perigoso para os pais, mas podemos ver as coisas da maneira mais otimista. É aqui que estão numa fase de super aprendizagem e são autênticas esponjas. É quando estão mais abertos a sugestões, por isso é nesta fase onde se deve ter mais cuidado com o que se faz e diz perto deles já que podem assumir como verdades absolutas e enraizá-las no fundo do seu subconsciente. Quando se ouve com frequência dos Pais que não há dinheiro suficiente pode-se adquirir o mindset de escassez. É no estado Theta que as pessoas estão dentro de uma sessão de hipnose, só por aqui dá para perceber o poder da sugestão.
Passamos para o estado Alfa entre os 5 e os 8 anos e é aqui que se começa a formar o pensamento analítico e quando se começa a desenhar e a chegar a conclusões do seu ambiente envolvente. No entanto o seu mundo interior de imaginação continua a ser tão real como o mundo exterior. Nesta fase costumam usar ambos os hemisférios e estão tanto com um pé num mundo como no outro. Este é o estado das pessoas que meditam é um estado de relaxamento onde surgem ideias e inspiração. Um estado em que se tem uma chuva de ideias, daí ser tão importante as escolas reconhecerem que é fundamental as crianças serem educadas num estado de paz e relaxamento porque as crianças aprendem melhor quando estão relaxadas e divertir-se.
Por fim, chegamos ao nosso estado Beta, entre os 8 e 12 anos. do mundo consciente. A nossa mente está acordada e alerta, capaz de pensamento lógico e é onde nos adultos nos encontramos grande parte do dia.
Então, é essencial termos noção do que fazemos quando estamos perto das crianças dos 0-6 porque absorvem tudo. Nesta idade é muito importante educar e instituir hábitos saudáveis e estímulo positivo na criança. É crucial entender que comentários como “A tua irmã é mais inteligente que tu” são errados e vão ficar enraizados com consequências para o futuro. É sim necessário ajudar a instalar crenças positivas e mensagens claras que o que fazem da forma mais natural é sim o que devem continuar a estimular e incentivar. As crenças são apenas um pensamento, mas é algo que vai estar sempre a pensar e a pensar e a pensar. Se for algo positivo vai acabar porque se tornar um traço da tua personalidade e por consequência quem tu és. Se o comportamento que vêem os pais é negativo e é algo que surge diariamente, vai ser isso que vai levar com eles porque na fase primária da vida deles é o que vão absorver sem darem conta.
Na educação com o Desenho Humano é ainda mais importante observar que parâmetros podem influenciar mais o comportamento da criança. Trata-se de uma criança dada a tsunamis emocionais? Alguém que perde a energia facilmente? Ao aceitarmos as caraterísticas e o modo de funcionamento das nossas crianças, é mais fácil deixar para trás os termos de comparação e as críticas e este aspeto ganha ainda mais relevância na adolescência.
Quando se avança para adolescência é quando se torna fulcral a comunicação e partilha porque é nessa fase que mais à superfície se encontra a vergonha e podemos como pais confundir a vergonha com a culpa. Como um teste que correu mal e teve negativa a matemática e se solta um comentário “És mesmo mau a matemática, porque é que não és como o teu irmão?” em vez de “Tiveste uma nota má, mas podes sempre melhorar, e se for preciso ajuda eu ajudo-te, também tive alguma dificuldade a matemática na escola”. Não só vamos estar a ser empáticos com a criança e percebemos que foi um momento que não correu tão bem, como estamos a educar e deixar a porta aberta quando nos mostramos mais vulneráveis. É abraçar as imperfeições de cada um e praticar a compaixão e, para as crianças, se for algo que observam nos pais, vai ser algo que vão imitar à maneira deles. É por esta razão que é tão importante que quem cuida e educa os filhos saiba cuidar de si e dar-se tempo a si próprio, porque é necessário recarregar as baterias. Se fosse fácil todos fariam, mas os bons hábitos nascem com algo pequeno, agradável e fácil, se nós complicarmos muito e tentarmos instituir um hábito familiar muito complexo e obrigar, não vai durar muito e não foi iniciado da maneira correta.
A Educação com o Desenho Humano
Como é que o Desenho Humano pode ajudar de uma maneira mais geral ajudar na educação de uma criança? Para começar é preciso saber que tipo de energia é a vossa criança e partir daí vamos dividir em 4 tipos.
Se a vossa criança é um Gerador ou Gerador Manifestante é reconhecer que eles tem o Sacro definido e como tal precisam desde logo de início aceitar que se eles responderem com o som de uh-huh como sim e com huh-uh como não, é natural e não existe motivo nenhum para condenar ou afirmar que não é educado usar sons em vez de palavras. Forçar a criança a fazer os sons que não fazem parte da sua maneira correta de decidir e falar vai fazer com que percam a verdade para a porta do Sacro e quebrem a ligação genuína de autoestima e amor próprio. Devem sim os Pais aprender e respeitar e acima de tudo encorajar os sons do Sacro da vossa criança. O Desenho de uma criança Geradora é de estar ocupada e ativa até que a sua energia Sacra é toda usada e caiam na cama exaustos. Quando se tenta forçar sestas antes de eles estarem cansados, os pais vão encontrar resistência e frustração de ambos os lados. Nunca viram numa escola todas as crianças a dormir e existe um Pai que não obriga essa criança a dormir porque sabe muito bem que é um Gerador Manifestante e tem energia que precisa de ser usada e respeitada o desenho individual dessa criança.
As crianças do tipo de energia Manifestante são as mais incompreendidas dada a sua raridade. Têm uma aura que se faz sentir com uma força repelente aquando da nascença colocando os pais sobreaviso. Desde cedo é preciso compreender e respeitar que são crianças que energeticamente vão exigir que sejam tratados como Manifestantes, algo que tem de ser inserido de uma forma faseada e saudável com a liberdade que tanto precisam. É muito importante desde cedo ensinar-lhes a sua estratégia, que informar de uma forma educada os vai permitir retirar as barreiras invisíveis que se tem quando não se segue essa mesma estratégia e se inicia sem informar. Na maioria das vezes terão de pedir permissão para fazer algo que lhes vai ser recusado, neste caso devem os pais estarem atentos para aquilo que lhes é negado, e sim exceto quando é algo que poe em causa a sua segurança ou quando impacta terceiros. Demasiado controle sobre uma criança Manifestante pode ter a consequência da rebelia ou passividade do mesmo, são o tipo de crianças que mais cedo podem ter chaves de casa ou até mesmo telemóvel dada a sua independência natural.
No caso das crianças do tipo Projetor, é preciso que os pais sejam seus aliados e saibam reconhecer como é a melhor maneira de eles gerirem a sua energia e quem os rodeia. Ensinar uma criança projetor a reconhecer-se a ela própria, e a ensiná-la quando está a ser reconhecida pelos outros. Esse reconhecimento abre portas para a maneira correta de receber um convite. Convite esse que tem de ser sentido pelo corpo da maneira correta, nem todo o convite tem de ser respondido com um sim, mas saber que esse processo é o caminho para o seu sucesso na vida. Os pais e educadores tem um papel fundamental e ativo em encorajar e praticar a sua estratégia e fazê-los sentir a sua singularidade como Projetor. São os tipos de criança que muito fácilmente acabam por ter a capacidade de opinar e dar conselhos aos próprios pais e familiares algo que por norma lhes é negado ou ignorado por serem demasiado novos é estar atento e escutar com atenção as pérolas que saem destas crianças.
Por fim, chegamos às crianças Refletoras, onde é um ponto sensível para os pais que não estão habituados com os ciclos lunares. O mais importante é encorajar a educá-los ao seu ritmo e não tentar que eles se ajustem ao ritmo dos Pais. É de extrema importância não apressar uma criança refletora, mas sim deixar que eles desenvolvam o seu próprio ritmo. Ao longo do tempo eles vão cada vez mais sentir-se confortáveis a esperar por um ciclo lunar antes de tomar uma decisão importante na sua vida. Os refletores são crianças com uma abertura muito grande e são muito sensíveis ao ambiente que os rodeia. É importante para os pais perceber que o ambiente escolar pode ter um impacto muito grande na sua educação, daí ser algo que as crianças e pais têm de estar envolvidos ativamente e envolver também os professores neste processo. Estas crianças tem uma maneira muito própria e peculiar de aprender e vão ser o barómetro da sua comunidade, quer na escola, quer na sua família, eles absorvem e refletem de volta exatamente o que se passa a sua volta. Como pais é preciso paciência para os ensinar a protegerem-se de absorverem algo em demasia são crianças que vão sentir e levar muito a peito as injustiças que os rodeiam o que leva a absorvem as dores dos outros e a querer agir para os defender.
Como em tudo na vida se queremos aprender a nadar temos de nos molhar, o primeiro passo para educar é estarmos presentes. Não há um caminho, o caminho faz-se enquanto caminhamos. O Desenho Humano oferece a chance de entendermos os nossos filhos antes que eles se saibam expressar e antes até de começarem a sofrer todo o condicionamento exterior. Na educação com o Desenho Humano constrói-se desde cedo um padrão de aceitação e respeito por aquele pequeno ser que já é tão individual mas que ainda precisa tanto de ser guiado. Poder reforçar e estabelecer desde cedo a sua Estratégia e Autoridade, vai permitir que as crianças fluam com o seu Desenho Humano assim que nascem, aumentando assim a probabilidade de se tornarem adultos alinhados com o seu Propósito e o seu Eu Autêntico.